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Em 2019, a violência continua. Não fique à espera

Em 2019, a violência continua. Não fique à espera

A violência doméstica continua a ser um dos maiores dramas da sociedade portuguesa. Em menos de três meses (em março) já havia o registo de 12 mulheres mortas, e uma criança, pelas mãos de companheiros, e do pai. Com o ano a chegar ao fim, este número subiu de forma drástica para 30 pessoas mortas, vítimas de violência doméstica.

 

Este é um problema sério que, para ser resolvido, precisa do envolvimento de todos. De pessoas, Governo mas também de empresas que têm força e capacidade para lançar ações que contribuam para sensibilizar e incentivar as mulheres a denunciar os agressores. O mote é: Não Fique à Espera. Esperar pode significar a morte. E todos têm o dever de ajudar as potenciais vítimas de violência doméstica.

 

Realizar uma denúncia de violência doméstica é um ato de enorme coragem. E é preciso conjugar esforços para incentivar as mulheres vítimas de violência doméstica a denunciarem o agressor e a pedirem ajuda.

 

Todos os movimentos precisam de pequenos gestos que contribuam para uma maior sensibilização da sociedade. Para acabar com a ideia que "entre marido e mulher, não se mete a colher". 

 

Quando se ouvem discussões na casa do vizinho, quando se nota que há sinais de agressões, e nada se faz, todos são coniventes para que, mais tarde ou mais cedo, haja mais uma mulher a entrar para a estatística das mortes por violência doméstica.

 

Muitas vezes os agressores são pessoas descompensadas, imprevisíveis e mesmo quem está de fora sente medo de agir. Mas nem sempre é assim. Por vezes, estes atos de violência surgem de onde menos se espera.

 

Denunciar é crucial para defesa das vítimas. A APAV - Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, possui um número (116006) para denunciar estes casos. Em março o MEO realizou uma ação que teve como rosto Francisca e Ângela. Duas mulheres vítimas de violência doméstica que deram a cara por esta luta.

 

Nessa altura, eram 12 vítimas e o ano está a terminar com um número que envergonha uma sociedade moderna.

 

É preciso agir, mobilizar a sociedade para que este tema seja uma prioridade. E, por isso mesmo o MEO volta a chamar a atenção da sociedade através de um convite para que todos saiam à rua no dia 30 de outubro, às 15h30, e façam barulho durante um minuto. Apitos, tachos ou até um par de colheres para mostrar que unindo esforços é possível acabar com o silêncio.

 

 

Os rostos da violência

"Para ter coragem há todo um conjunto de medidas legais que é necessário passar e nem sequer há tempo para pensar em tornar-se pró-ativa em relação ao assunto. Só quando tem calma, que muitas vezes não tem, e continua a não ter, é que se pensa em tomar atitudes. Mas eu penso que isto tem a ver com mentalidades e a minha sempre foi tornar-me ativa neste assunto. Fui vítima mas agora sou ativista nesta luta", referiu Francisca, em março, no lançamento da causa #NãoFiqueÀEspera.

 

Num apelo à sociedade e a todas as mulheres vítimas de violência doméstica, Francisca dá o exemplo. "Tive a coragem mas espero agora que todas tenham. É o apelo que faço, não fiquem à espera. Juntem-se a mim e à Ângela, que fez parte da ação comigo, peçam ajuda, façam queixa e deixem de ser presas".

 

A iniciativa lançada pelo MEO, com o mote, #NãoFiqueÀEspera, continua a assinar este apelo à luta com uma ação de sensibilização que começou no Dia da Mulher, em março.

 

Perante este número crescente de vítimas, o MEO decidiu voltar a apelar a todos para que saiam à rua e façam barulho. Ficar em silêncio é pactuar com as agressões.

 

Já em março, Alexandre Fonseca, CEO da Altice Portugal, referia que "a luta contra a violência doméstica vai ter de continuar". E os números falam por si. Não se pode baixar os braços nesta luta. Agora, reforça essa mensagem ao afirmar que "infelizmente, no que à violência doméstica diz respeito, já estamos atrasados quanto ao dizer basta. Basta de ficar em silêncio, basta de ficar à espera". Por isso, aceite o desafio, junte-se a este momento e no dia 30 vá para a rua fazer barulho com o que quiser, mas faça barulho. O mais pequeno ruído, de mãos dadas com outros, pode fazer-se ouvir. Vamos quebrar o silêncio, #NãoFiqueÀEspera!