Como será que os filmes "adivinham" o futuro da tecnologia?
Quando se olha para as primeiras séries de ficção científica (os que viveram na época e os que só agora tomam conhecimento desse facto) muitas vezes pensamos como é que os filmes previam que iria ser possível falar à distância através de um aparelho tão pequeno, com vídeo e a cores?
Podiam ser listados uma série dos mais avançados produtos de tecnologia que tiveram a sua "estreia" em filmes do início da década de 80, e alguns até mesmo década de 70 e 60. Mas, aquilo que importa reter, e que provavelmente acaba por ser mais transversal, é perceber como a série, os Simpsons, teve a capacidade de prever uma série de eventos e acontecimentos que, sendo considerados ridículos (por isso é que integram a série), acabaram por ser uma realidade.
Multiplicam-se as teorias e a própria física quântica talvez consiga justificar estes factos com a capacidade das viagens ao futuro. Quem sabe, estamos a viver, este presente, mas já esteja moldado por alguém que viajou ao futuro e regressou para contar a História.
Agora, que este pensamento está enraizado, podemos voltar ao exercício de sublinhar alguns filmes que mais valor dão à tecnologia.
É incontornável começar pela Guerra das Estrelas, mas para quem se lembra, o Espaço 1999 também deu cartas neste capítulo. No fundo, era a previsão de que em 1999 iríamos todos viver em pleno uma vida extraterrestre.
Voltando à Guerra das estrelas, naves espaciais, sistemas de teletransporte, telepatia... a lista iria continuar, mas já perceberam a ideia. Há até quem diga que, colocando as naves num túnel de vento, se conclui que a aerodinâmica é péssima. Há os que preferem defender que no espaço, a aerodinâmica obedece a regras diferentes graças à ausência de gravidade.
Mas a tecnologia está lá. Leds com fartura, sistemas de controlo, navegação autónoma, inteligência artificial quanto baste, autómatos com capacidade de interagir com os humanos e até manifestar sentimentos.
E, como não podia deixar de ser, tecnologias que permitem criar e manter cidades inteligentes no espaço. Sistemas de cultivo, controlo de pragas e rega com aproveitamento de água de formas que hoje em dia se estudam como uma possibilidade para fazer face ao futuro e às alterações climáticas.
Como é óbvio, a explicação mais simples para a resposta ao título, é o facto de desde há diversos anos haver estudos e previsões relativamente à evolução da tecnologia. Se pensar bem, a própria Internet era uma ferramenta militar que os Estados Unidos decidiram abrir ao mundo.
Os drones, que atualmente estão na moda, há anos que são usados, a grandes distância, para fazer ataques cirúrgicos a alvos militares. E com o piloto a manobrá-los a milhares de quilómetros, numa sala, num continente diferente.
E a latência de que tanto se fala hoje em dia? Nestes drones não existe. Não pode existir. Quando um míssil é disparado para atingir uma viatura em movimento, a latência não pode, simplesmente, existir.
Hoje em dia, quando se vê uma cena com tecnologia futurista, é mais fácil acreditar que um dia vai ser possível. Mas, há duas décadas, nem é preciso recuar muito mais, tudo isto era encarado como ficção. Será que estes filmes devem continuar a ser inseridos numa categoria de "ficção"?
Cada vez é mais difícil aos argumentistas inovar. Há mais capacidade para efeitos especiais que criam cenas espetaculares, dramáticas, mas há quem ainda hoje use a expressão "Kit, vem-me buscar".
Talvez não seja o Kit, mas um Tesla, que já consegue conduzir sozinho e uma das funções mais simples talvez seja obedecer a uma ordem para sair de um estacionamento até ao local onde está o passageiro. Sim, passageiro, porque num futuro muito próximo, como se verifica em alguns filmes, as pessoas vão deixar de conduzir. Afinal, são as pessoas as principais responsáveis pelos acidentes e a tecnologia evoluirá para tentar salvaguardar a vida humana.
Pelo menos é essa a justificação apresentada nestes filmes futuristas. Outro exemplo onde a tecnologia surpreende, sem sair da terra, é no filme Demolidor, protagonizado por Silvester Stallone e Weslley Snipes. E é notória a vontade que ele tem de conduzir um carro “à moda antiga”.
Criogenia, veículos autónomos, tablets, reconhecimento pela íris e as famosas três conchas no WC que continuam, até hoje, sem explicação.
De toda a tecnologia deste filme, a criogenia de um ser humano talvez seja a que está mais longe de se tornar realidade. Ou não? Afinal, é uma técnica que se estuda desde a década de 40 e hoje em dia é utilizada para preservar sémen para utilização futura, por exemplo.
Atualmente a tecnologia continua a ter um papel preponderante na espetacularidade do cinema apesar de ser encarada com menos cepticismo. Agora, prepare as pipocas, e escolha um bom filme onde a tecnologia o possa deixar surpreendido, a pensar naquilo que o futuro pode trazer.
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