Haverá um Dia da Internet mais Segura?
De forma simples, sim, a 5 de fevereiro assinala-se o Dia da Internet mais Segura. A questão é: será que a Internet fica mais segura neste dia? Nem mais, nem menos, a Internet segue o seu rumo e os utilizadores continuam com a sua vida e práticas de navegação.
Apesar de todos os alertas, campanhas e informações, de forma genérica todos adotam comportamentos de risco no que diz respeito à segurança cibernética. Mas, será que os riscos estão apenas nos chamados ataques pirata?
Atualmente já se assume que um smartphone ou um computador são ferramentas potencialmente perigosas já que registam dados dos utilizadores e há até a famosa questão das webcams dos computadores (celebrizada no dia em que foi divulgada uma foto de Mark Zuckerberg com a webcam do seu Mac tapada com fita cola).
Sabe quantas vezes os seus filhos clicam e instalam aplicações sem que você se aperceba desse facto?
Afinal, se Zuckerberg tapa a câmara, talvez a teoria da conspiração deva ser levada mais a sério. Partindo deste ponto, até a NSA decidiu, recentemente, oferecer umas capas para tapar as webcams. E tapar, servirá de alguma coisa? A resposta é muito simples: vivemos na Era em que os dados são ouro, o bem mais valioso que circula na Internet e, a troco de algumas vantagens, todos estão disponíveis a prescindir da sua privacidade.
Diz o velho ditado que não há almoços grátis e, no que diz respeito à Internet, isso é ainda mais verdade. Portanto, quando usa uma aplicação para fazer chamadas de forma gratuita, sabe quem está do outro lado a "escutar"? Porque, afinal, desenvolver e manter uma aplicação deste calibre tem um custo e os utilizadores acedem e usam de forma gratuita.
Quando instala um jogo no smartphone, além da publicidade e das compras na aplicação (que a grande maioria se recusa a pagar) alguém repara que no momento da instalação a aplicação pede permissões para aceder a contactos, câmara, áudio ou outros dados? E quase ninguém se questiona porque razão uma aplicação que é um jogo, precisa de aceder a estes dados.
Além disso, quantos dos que estão a ler permitem aos filhos estar a jogar no smartphone ou tablet durante, por exemplo, uma viagem de carro? Sabe quantas vezes eles clicam e instalam aplicações sem que você se aperceba desse facto?
Por isso, mais do que os receios causados pela realidade dos compromissos que se fazem para ter serviços gratuitos, a troco de dados pessoais, é importante estar atento a estes sistemas mais obscuros que entram no seu smartphone e acedem ilegalmente a dados, instalam sistemas de spyware e colocam em risco a sua segurança informática e até a da sua empresa.
Esta é a realidade de praticamente todos os utilizadores de um smartphone no dia a dia. Muitos até consideram útil receber um email na sua conta de Gmail com o relatório do seu percurso mensal. Os locais que visitou, não apenas cidades ou localidades mas cafés, restaurantes, hotéis... e muitos ainda pensam: "mas quando estive aqui, nem sequer usei o telemóvel!"
A verdade, é que nem precisam! Basta ter o telemóvel no bolso e tudo o que faz fica registado. Quer se trate de um Smartphone Android ou IOS.
Não se trata apenas de saber por onde andou
Saber por onde andou a passear nem sequer é o maior dos males. Afinal, se não quiser ser "seguido", o melhor mesmo é deixar o smartphone em casa. Por isso, para poder usufruir da tecnologia e de tudo o que ela tem de bom, é preciso ter alguns cuidados. Já se percebeu que o bem mais precioso que está a fornecer são os seus dados mas não se trata apenas do seu NIB ou acesso bancário que, apesar de tudo, possuem sistemas de segurança específicos que permitem atuar em caso de tentativa de fraude.
Os dados mais preciosos, aqueles que todos procuram, são os seus hábitos de consumo, de viagem, os seus gostos por determinados produtos. E isto pode até nem ter problema desde que exista a consciência que é esse o compromisso para utilizar serviços gratuitos com uma utilidade amplamente reconhecida como espaço de armazenamento na nuvem, um serviço de fotos que faz backup de todos os registos das suas férias ou um sistema de email robusto.
A consciencialização
De forma genérica, quando se fala de cibersegurança, é quase impossível fugir a um quadro assustador. Mas é em cada um dos utilizadores que a segurança começa. Tal como na vida real, no mundo cibernético é preciso consciencializar os utilizadores para estes temas e cada um deve evitar comportamentos e risco para evitar a propagação de vírus e malware que facilmente passam de um smartphone provado para a rede empresarial.
Obviamente, os ataques de phishing o ransomware são uma realidade e um perigo quando se trata, essencialmente, de documentos, sejam de trabalho ou privados (como as fotos das férias); mas os mais valiosos, aqueles que os piratas do mundo virtual procuram, são os seus dados de consumo, os seus percursos, os seus hábitos.
Por isso, aquilo que está ao alcance de cada um, são pequenas atitudes como evitar aplicações desconhecidas (porque mesmo que não peçam acesso a determinados dados não significa que tenham software a correr que permitir o acesso completo ao smartphone); usar passwords fortes, seguras e alterá-las regularmente; e se quiser manter-se "anónimo" quando vai de viagem, talvez seja melhor deixar o smartphone em casa.
E, como é óbvio, nunca é demais lembrar que os antivírus, firewalls e VPN (Virtual Private Network) são ferramentas imprescindíveis para manter os piratas afastados. Afinal, uma utilização responsável é mais de meio caminho para aumentar o nível de segurança quando navega na Internet.
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