Solum disponível na TV, com assinatura de Diogo Morgado
Solum estreou nas salas de cinema dia 1 de maio e está tudo a postos para a sua entrada em breve no MEO VideoClube. É o segundo filme com assinatura de Diogo Morgado na realização.
Depois de Malapata (2017), uma comédia com uma estranha série de bizarros azares, o ator e realizador Diogo Morgado volta aos ecrãs de cinema, desta vez com uma abordagem de ficção científica, num ato de inequívoca irreverência. Num universo pós-apocalíptico, oito desconhecidos aterram numa ilha selvagem, praticamente sem sinais de civilização. Nesse cenário, os desconhecidos concorrem num programa de televisão, no âmbito do qual têm de lutar pela derradeira sobrevivência, num terreno inóspito que é mais do que parece.
Solum é um jogo, uma prova, uma competição, um espelho que coloca a nu o contraste entre a transparência da natureza e a trepidação da raça humana. Para lá da realidade, eis que surge Diogo Morgado, o realizador, como ator. Um ator do outro mundo. Com quem o MEO teve a oportunidade de falar, neste mundo.
MEO: Nas palavras de Diogo Morgado, o realizador, como se caracteriza este filme e que comentários merece Solum de Diogo Morgado, o ator?
Diogo Morgado: O filme Solum é um filme de ficção científica totalmente filmado nos Açores e que tem como objetivo, para além de contar uma história interessante, levar um alerta urgente sobre a consciencialização do que está a acontecer no planeta. Também pretendemos mostrar que o cinema feito em Portugal precisa de ser mais eclético. O nosso cinema é muito bom, mas é importante criar vários estilos e ofertas para os diferentes tipos de público. Sinto que Solum é um filme tecnicamente muito bem conseguido tendo em conta a natureza independente do financiamento e que nos trás uma história interessante fora dos moldes que estamos habituados a ver em Portugal.
Procuro continuar a fazer o mesmo, a sair da minha zona de conforto e continuar a explorar.
MEO: Que importância atribui ao MEO VideoClube, como plataforma que permite alargar o ciclo de vida do Solum?
Diogo Morgado: A tendência cada vez mais é a de consumir conteúdos em diferentes plataformas, nessa medida o MEO VideoClube é uma plataforma de excelência de VOD (Vídeo On Demand) que permite ao espectador que não teve a oportunidade de assistir ao filme nas salas de cinema que possa faze-lo agora no conforto de sua casa.
MEO: Em 2017, foi lançado com o apoio do MEO o Malapata, filme em que se estreou como realizador. Esse é para si um ponto de viragem na carreira?
Diogo Morgado: Não diria um ponto de viragem na carreira, diria mais uma evolução natural, foi sem dúvida a concretização de um caminho que já há muito idealizava e que pretendo continuar. Acho que quem é verdadeiramente apaixonado por histórias e pelo seu impacto junto de quem vê, que procura um dia comunicar não só como parte mas como um todo.
MEO: Depois de interpretações tão versáteis, nos mais diferentes palcos (teatro, TV, cinema), dentro e fora de portas, para além da evolução para a realização, em que outros papéis será possível encontrar Diogo Morgado? Como pensa continuar a reinventar-se?
Diogo Morgado: Na verdade sempre fui incrivelmente atraído por tudo o que pareça pouco provável ou até impossível, nessa medida tenho tido a felicidade de no meu percurso ter feito vários trabalhos que me permitiram desafiar-me a mim próprio. Assim sendo procuro continuar a fazer o mesmo, a sair da minha zona de conforto e continuar a explorar, experimentar e aprender. Julgo que mais do que qualquer outra profissão, esta é daquelas que sinto ser obrigatória a procura pela reinvenção.
MEO: Na qualidade de ator e, sobretudo agora enquanto realizador, como é que olha para o papel das marcas, como o MEO, no apoio a projetos culturais e artísticos, designadamente o cinema, o teatro, a ficção?
Diogo Morgado: Acho absolutamente crucial. Quando chegámos ao MEO com o projeto, até então não tinha havido precedentes de apoio da marca ao cinema. Sinto que contribuímos para que se olhe para o cinema português com o verdadeiro potencial que ele tem, e que não pode ficar condicionado a apenas existir se houver subsídio do Estado. Houve uma grande evolução do ponto de vista técnico e ao seu acesso, em que o limite é a nossa vontade e capacidade de trabalho. Sinto que temos isso em comum com muitas marcas no mercado e faremos de tudo para continuarmos a explorar parcerias e potenciar o cinema português.
MEO: Como é que um ator/realizador, cuja sobrevivência depende em grande parte da aceitação do público, olha para a forma como o público pode hoje ver TV? Como é que olha para a TV que hoje temos e para a qual o MEO, enquanto maior operador, tem vindo a contribuir com inovação, irreverência e relevância?
Diogo Morgado: Sinto que deixámos de "ver" TV, passámos a "consumir" TV. O que é que isto quer dizer? No fundo a forma de experienciarmos a TV mudou. Não mais esperamos pela hora certa para ver o que queremos. Agora tudo são conteúdos para serem consumidos quando e como o espectador quiser. Nessa medida o MEO sempre esteve na vanguarda da tecnologia que permita usufruir desta nova forma de ver TV. Sinto que por isso mesmo os seus conteúdos vão progressivamente deixar de ser generalistas e passar a ser mais específicos para os diferentes tipos de público e que, nessa medida, tanto os criativos como os produtores devem ter isso em consideração. Seja como for é com grande entusiasmo que olho para o futuro da televisão e dos seus conteúdos.