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Blog MEO - Inovação, Internet, Telemóveis, TV, 5G e Energia

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A Web Summit, chegou o fim?

A Web Summit chegou ao fim?

Foram quatro dias de Web Summit. Exposição, talks, conversas, networking e muitas apresentações. Mas, para as empresas, e para aquilo que será o futuro, o fim do evento é o princípio de tudo o que vai surgir. É um evento de grande dimensão e, muitas vezes, com conferências a suceder em simultâneo, sem tempo de deslocação entre os diversos palcos. A própria circulação no espaço torna-se difícil devido à grande massa humana que circula entre a tecnologia.

Por isso, e como novidade este ano, quem não conseguiu assistir a todas as sessões que queria, tem a oportunidade de ver, ou rever, através da APP TV da rede MEO. Mas, no último dia, pode dizer-se que a Web Summit continua. Muitos projetos conseguiram alcançar aquilo que pretendiam e é a partir de agora que toda a tecnologia se vai materializar.

 

De uma forma ou de outra, as empresas, as cidades, as pessoas, podem tirar partido de toda a tecnologia.

Entre os dias 5 e 8 de novembro, a Altice Arena e os pavilhões da FIL receberam mais de 70 mil participantes, todos ligados a uma rede WiFi robusta e com capacidade para dar resposta às exigências de todos os equipamentos. A qualidade da rede, WiFi e móvel, foi uma das exigências de Paddy Cosgrave desde a primeira edição. Aliás, a sua saída da Irlanda, a par de outros fatores, está muito relacionada com a falta de capacidade de resposta ao nível das ligações WiFi no evento.

 

Em Lisboa, a Web Summit encontrou uma rede que coloca Portugal no topo da qualidade das redes mundiais.  Uma equipa de 160 pessoas manteve, durante os quatro dias do evento, as duas redes WiFi, a 5GHz e 2,4Ghz (já que ainda existem aparelhos mais antigos que não suportam a rede mais recente) além de reforçar a rede móvel em toda a zona do recinto e nos locais em Lisboa onde se previa maior concentração de pessoas, nomeadamente para os eventos da Night Summit.

 

Os números finais são impressionantes e logo ao segundo dia já tinham batido todos os recordes. Seriam precisos mais de 11 anos a ver filmes para consumir todos os 156 terabytes de dados trocados durante as três edições da Web Summit. Na realidade, seria preciso ver 66.560 filmes, ou seja, estar mais de 11 anos a ver filmes 24 horas por dia. Só na edição deste ano, a terceira realizada em Portugal, o tráfego de dados atingiu os 88 TB.

 

No que respeita ainda a números, houve 72 mil pessoas a aceder à app TV MEO, os conteúdos foram visualizados 150 mil vezes, sendo 90 mil as emissões em direto.

Grandes números da Web Summit

Mas mais do que números, há a realçar a qualidade técnica portuguesa. Num evento onde se fala do futuro, da velocidade de comunicação e ligação constante, nada pode falhar. Durante a conferência de imprensa, a robô Sophia falhou e o seu criador apressou-se a referir a falha das comunicações para o silêncio da Sophia que, este ano, já se apresenta com braços e pernas. Estas últimas, no entanto, não vieram à Web Summit.

 

Mas, tal como foi esclarecido pela Altice Portugal em comunicado, “a robô Sophia utiliza Internet fixa, tendo-se tratado de um problema de conexão fixa ao computador portátil que opera a robô, durante a conferência de imprensa”. Ou seja, “um problema alheio à Altice Portugal e às redes da Web Summit”, salienta a empresa. 

 

Esta pequena "falha" é uma prova do impacto que a qualidade da rede tem num evento totalmente focado em tecnologia, velocidade de ligação, e robustez.

 

O que se passou

Muitas empresas utilizam os dias do evento para realizar contactos e algumas atingem o objetivo ao concretizar a ideia que ali levaram, à procura de investimento, em financiamento. Por isso, o último dia é o princípio de tudo para muitas das ideias ali mostradas.

 

Esta é uma das componentes mais relevantes do evento já que podem ali ser lançadas ideias, reveladas tecnologias e tendências para o futuro. De uma forma ou de outra, as empresas, as cidades, as pessoas, podem tirar partido de toda a tecnologia que continua a fazer o caminho evolutivo com a Inteligência Artificial, Realidade Aumentada e computação quântica no horizonte. A partir daqui, e dependendo da forma como estas tecnologias se aplicam, podem surgir novos negócios e irão, certamente, surgir novas profissões, dirigidas às crianças que hoje iniciam o seu processo de evolução até chegar ao mercado de trabalho.

 

Os robôs, que se apresentam como uma alternativa para substituir os humanos em algumas funções, têm "assustado" as pessoas e por isso a ética robótica é uma das preocupações de todos os que estão a aplicar o seu conhecimento no desenvolvimento destas máquinas.

 

É preciso lembrar que muitas das crianças de hoje irão ocupar cargos e exercer funções que ainda não foram inventadas. E isto, porque os robôs poderão desempenhar tarefas que ocupam, atualmente, as pessoas. A capacidade e adaptação torna-se, assim, crucial. É preciso acompanhar as tendências e aqui, os Governos têm um papel importante no que respeita à adaptação da legislação para permitir a defesa dos direitos humanos e a qualidade de vida das populações. Já se discute, hoje em dia, se um robô deve ou não pagar impostos pelo seu trabalho, por exemplo.

 

Só desta forma será possível, num cenário em que um robô pode substituir dezenas, ou centenas, de pessoas, manter a Segurança Social Sustentável. Principalmente porque continuamos no caminho de uma população envelhecida.

 

Mas o futuro está aí e é impossível travar todo o desenvolvimento tecnológico. Ignorar este facto, é perder tempo precioso, que deve ser usado para preparar o futuro. Mas tudo o que aconteceu ao longo destes quatro dias correspondem a milhares de artigos escritos, entrevistas, vídeos, conversas decisivas para futuros negócios. Não cabe tudo num só texto.

 

Mais mulheres

Desde a primeira edição realizada em Lisboa que a Web Summit se preocupa com a atração de mais mulheres para o evento, para o mundo da tecnologia. E, este ano, na terceira edição, foi notório o fruto dessa aposta. Um equilíbrio que, à vista, parece ter sido alcançado. de acordo com os dados da organização, 44,5% dos participantes foram mulheres.

No entanto, quando se reúne num palco um conjunto de pessoas e isso é alvo de críticas pela evidente ausência de mulheres na foto de grupo, significa que há ainda um longo caminho a percorrer. Porque, apesar de haver uma iniciativa de baixar o preço dos bilhetes para as mulheres, o que faz com que a audiência feminina aumente, os lugares de topo continuam a ser ocupados maioritariamente por homens. E nesta matéria, o evento também contribuiu para o debate, colocando à vista aquilo que, não sendo tecnologia, está relacionado com a realidade da sociedade humana.

Do lado do evento houve até um esforço para trazer ao palco da discussão o sexo e prazer feminino. Em 2019, há mais. E com a mudança de residência de Paddy Cosgrave para Lisboa, quem sabe se a Web Summit terá mais iniciativas ao longo dos próximos meses.