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Dê a cara, o Covid não eliminou a violência doméstica

Dê a cara, o Covid não eliminou a violência doméstica

Apesar de muito se falar sobre um "novo normal", as evidências são claras no que diz respeito a comportamentos social e moralmente reprováveis. A violência doméstica continua a verificar-se e, cumprindo os piores receios do início da pandemia, a silenciar, ainda mais, as vítimas.

 

A Altice, na sequência da campanha lançada em 2019 contra a violência doméstica, reforça o apelo a todos os portugueses para darem a cara por quem não pode. #NãoFiqueÀEspera

 

A nova ação é protagonizada pelos embaixadores MEO que dão a cara por todos os que não podem, incentivado a sociedade a unir-se para denunciar casos de violência doméstica.  Fechadas em casa, as vítimas não têm com quem falar ou para onde ir, ficando ainda mais isoladas e indefesas. 'Diga Não à Violência Doméstica' é um movimento de alerta, responsabilização e chamada de atenção para este problema. Agora, mais do que nunca, todos podem e devem estar atentos e dar a cara por todas estas pessoas. 

Para todos os que quiserem apoiar esta causa de luta contra a violência doméstica, vai estar disponível uma imagem para perfil de Facebook, com o mote #DÊACARA.

 

Os dados oficiais são claros. A PSP (Polícia de Segurança Pública) e diversas instituições de apoio à vítima, manifestaram preocupação com as vítimas que, devido à pandemia, iriam ficar mais confinadas ao lar onde, por norma, as agressões ocorrem. Os números da PSP, divulgados este domingo, mostram que entre janeiro e abril as participações de violência doméstica diminuíram 15%, quando comparado com o mesmo período de 2019. No total foram registadas 4414 ocorrências, menos 794 do que no ano passado. Esta tendência de diminuição já se vinha registando, mesmo antes de o Governo ter decretado o estado de emergência, em março. Mas isto não significa que tenham reduzido os casos de violência. Apenas há mais silêncio.

Foram registados 21 contactos pela internet, registando-se um aumento relativo de 7% das ocorrências reportadas ao policiamento de proximidade, "sobretudo por iniciativa de familiares e vizinhos".

De acordo com os dados da PSP, "quando analisado especificamente o período durante o qual vigoraram as medidas de confinamento obrigatório – de 22 março a 2 de maio – a PSP registou uma descida particularmente acentuada (-33%) nas participações por violência doméstica", comparando os 1277 registos de 2020 com os 1908 de 2019. 

 

Já durante o atual estado de calamidade - entre 3 e 7 de maio -, a PSP diz ter observado "a manutenção da tendência decrescente, com uma diminuição de 30% das participações por violência doméstica". Mas, "antevendo que este decréscimo não refletisse a realidade, a PSP iniciou em abril uma campanha de informação e reforço da divulgação da ferramenta de pedido de auxílio (violenciadomestica@psp.pt ) e intensificou os contactos pessoais com as vítimas de violência doméstica, para "apurar da estabilidade da vivência familiar e, se necessário, proceder à imediata reavaliação individualizada de risco e reajuste das medidas de proteção". Durante este período foram registados 21 contactos pela internet, registando-se um aumento relativo de 7% das ocorrências reportadas ao policiamento de proximidade, "sobretudo por iniciativa de familiares e vizinhos".

 

Até 30 de abril, a PSP fez 250 detenções pelo crime de violência doméstica, sendo 234 homens e 16 mulheres, com uma média de duas detenções diárias pela prática deste crime. Durante o confinamento, foram feitas 87 detenções, com uma média de sete detenções em cada 100 participações, mais de uma por dia.

 

Violência também sobre crianças

As situações de violência que continuam a existir no interior das habitações. No local onde cada pessoa deve sentir segurança, em especial as crianças. A realidade é bem diferente e é por essa razão que todos precisam de se envolver no combate a este flagelo, denunciando casos suspeitos, dando a cara por todos os que sofrem e não podem dar a cara.

 

Não basta ficar indignado quando a violência atinge níveis extremos. Há que agir antes de chegar a este ponto e é aqui que todos podem contribuir para ajudar todos os que sofrem de violência e não têm voz para pedir ajuda.

 

Se há algo que esta pandemia provou é que as ferramentas digitais podem ajudar a combater distâncias e a facilitar as denuncias destes casos de abuso violento.